quinta-feira, 31 de março de 2016

Dos sonhos...

Tema: vou fazer uma festa
Por: Rosana Tibúrcio

Festa boa é festa confortável, por isso vou contratar fotógrafos, garçons, cozinheiros e faxineiros pra tirar fotos de todos e tudo, servir minhas gentes, fazer comidas gostosas e deixar os banheiros limpos. Afinal, além de sou.madame.sim.apesar.de.nunca.ter.sido.na.verdade.mas.sempre.quis.ser... de quebra ainda vou contribuir para a economia do país dando emprego a tanta gente. Pago bem! 

Assentos confortáveis porque né? os convidados têm idades variadas sendo que alguns são da minha geração e, convenhamos, tô gatinha, mas não tenho mais aquela agilidade dos vinte e poucos anos. 

Dois ambientes. Num deles haverá música alta pra que todos possam dançar, cantar gritando e exorcizar sentimentos contidos... não necessariamente ruins. No outro, música baixinha ou mesmo sem som só os das conversas, risadas, cantorias e piadas sem noção. 

Do lado de fora terá uma cesta linda e funda pra que todos guardem seus celulares e problemas. Na saída só recuperá-los ou recolher, apenas, um deles, pois haverá tanta felicidade e afeto a serem registrados nas fotos, memória e coração que... problemas? quem falou em problemas???

Sintam-se convidados! 


Uma linda quinta-feira pra todos vocês, meus amores, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há sonhos sim. Quem nunca???

terça-feira, 29 de março de 2016

Nos embalos de um sábado à noite

Tema: Vou fazer uma festa
Por Rafael Freitas

Ouvi dizer que o convite é colorido, meio psicodélico. E vem explicadinho lá que não será simplesmente uma festa de aniversário de quarenta anos: o tal convite anuncia que será uma viagem musical.

Parece que o dress code é obrigatório: os convidados devem comparecer usando roupas ou fantasias que remetam às décadas de 1970 e 1980, o tema da festa. Mas não vamos criar caso com isso, não é mesmo? Nem é tão difícil assim uma fantasia de hippie, uma peruca black power, calças de boca de sino e sandálias com meia de lurex. Ou é? Ou ainda aquele visual da Madonna no início da carreira ou de algumas bandas de rock que surgiram nesse período.

Estão dizendo também que a data já foi reservada no clube literário e recreativo da cidade do quarentão. E que a decoração transformará o tal clube em uma perfeita discoteca. Estão dizendo até que vão reproduzir aquele chão com luzes coloridas do filme do Jhon Travolta!

Estrategicamente posicionados nas laterais do salão, mesas e balcões de bebidas e comidas variadas. Ninguém sabe ao certo o cardápio, mas dizem as más línguas que tem umas coisas que a gente nem sabe falar o nome, mas que são uma delícia. E completam: _ São os salgadinhos que já estamos acostumados, mas com outro nome pra parecer que é chique. Isso é a cara daquele moço!

Pelo jeito, tudo será servido com fartura. Mas ouvi dizer que o aniversariante não está muito preocupado com isso. Seu foco é a trilha sonora. Mesmo tendo contratado um DJ, ele fez questão de escolher todas as músicas e a ordem em que serão tocadas. Parece até que ele anda se gabando por aí que "a playlist tá uma delícia; impossível ficar parado com o melhor dos anos 70 e 80!" Já espalharam até que vai ter um telão gigante. Pode até ser que tenha uma ou outra música pra dançar coladinho, de romance e tals. Mas pelo que estão dizendo, acho que o que pode dar uma desanimada nessa festa é que o aniversariante vai cantar com uns amigos ou parentes umas músicas de rock nacional. Tomara que não passe de duas ou três. E que não seja Pintura Íntima de novo!

Um detalhe importante: a lista de convidados é seleta. Só familiares e amigos mais próximos. Só quem já conhece o moço e seus gostos esquisitos. Ouvi dizer que são todos esquisitos como ele e que toparam até dançar de passinho, com direito a ensaio e tudo, no meio da festa.
E pra terminar, no fim da festa cada convidado leva um globo de espelho em miniatura de lembrança. Achei chique, já quero.


Agora é só aguardarmos pelas últimas notícias. Pelo que dizem, vai ser uma festa de arromba. E quem começa a espalhar essas coisas são os pensamentos e vontades aqui dentro, imaginem.



segunda-feira, 28 de março de 2016

Alô, Passado!

Tema: Vou fazer uma festa 
Por Laura Reis 

No convite, uma explicação simples sobre a melhor festa que você terá nesse ano: vista-se confortavelmente porque a ordem aqui é se divertir (mas, sim, faça uma produção lindeza, porque teremos cabine de fotos para garantir lembranças palpáveis e visuais desse momento).
No cardápio, itens indispensáveis para a felicidade como coxinha de frango, risole de milho, bolinha de queijo, esfirra de carne e claro, enroladinho de salsicha. É saudável demais pra tudo isso? Também teremos agua e castanhas (rs). O lado docinho da festa apresenta churros, pipoca doce, algodão doce, brigadeirinhos e docinhos de leite ninho. As bebidas serão só aquelas que não te fizerem passar mal/dar vexame/feder. E, claro, só copo de plástico/acrílico porque ninguém quer ninguém se rasgando o pé com caco de vidro porque prefere ficar descalço pra dançar É o Tchan.
No setlist só as clássicas do “Como se fosse ontem” ou, pra você que é muito internacional, “Like it was yesterday”, com especiais Furacão 2000, boy bands, intensivão anos 90 e tudo mais. Com direito a coreografia espelhada na parede que é pra diversão ser completa.
De atrações teremos karaokê (sim, porque há espaço suficiente para quem quer mergulhar no próprio sucesso sem atrapalhar o), DJ maravilhoso e banda “de formatura” capaz de cantar qualquer pedido da plateia. Balões de surpresas serão espalhados por vários pontos e todos vão estourar ao mesmo tempo após aviso sonoro.

A decoração toda em preto e branco tem um monte de puffs espalhados pra quando alguém quiser dançar sentado (sim), ficar à vontade também. E, claro, quem se cansar de verdade e quiser ir embora levará para casa, além da foto da cabine, uma lembrancinha tal e qual todo mundo ama: um saquinho de doces (bons), inclusive um bem-casado pra dar sorte no amor que a gente já deve ter perdido indo/estando nessa festa.

quinta-feira, 24 de março de 2016

Folga feliz

Tema: folga
Por: Rosana Tibúrcio

Filhas bem; dinheiro no bolso ou nas mãos; mar; céu azul; pôr do sol; brisa; frutos do mar e cervejinha gelada; beijinhos e carinhos sem ter fim; pensamento positivo; música; conversa intelectual; conversa fiada; gente linda do lado; café; quitanda; sorvete; frutas; mais música; séries; filmes; coloridos; celular; fotos; mais conversas, sobretudo, presenciais; livros; dvds; água; trident; tocs.
Folga, só é folga boa com alguns desses itens; se mais de cinco, acrescidos da ausência de gente chata, com características da síndrome de pelé por perto, deixa de ser folga e vira só felicidade. 


Uma linda quinta-feira pra todos vocês, meus amores, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há querença de felicidade: pra mim e pra quem me ama. 

quarta-feira, 23 de março de 2016

Sinônimo de vitória

Tema: Folga
Por: Nina Reis




Tenho preguiça de um punhadinho de coisa, quem não?


Agora se tem uma coisa que gosto muito é de trabalhar e preguiça para isso não tenho mesmo, porém, todavia, contudo, entretanto, muitas vezes deixei de cuidar de mim, para cuidar dos outros e durante uma vida não entendia muito bem a palavra folga, ou não me permitia entender.

Hoje, depois de muitos anos, organizei minha agenda e tirei umas horinhas para cuidar de mim, para me dedicar a não fazer nada ou até fazer muita coisa, porém sem grandes responsabilidades.


Confesso que foi um aprendizado doído, mas com consequências maravilhosas e hoje ficar folgadinha pra mim é sinônimo de vitória.

terça-feira, 22 de março de 2016

E se se ouvisse

Tema: Folga
Por Rafael Freitas

Nada mais adiantava: dormir até tarde, passar o dia estirado no sofá assistindo filmes premiados, isolar-se em seu quarto ouvindo as faixas da sua playlist peculiar ou mergulhado nas páginas de um dos livros da estante.

Seu corpo pedia por água fria e corrente, que seus pés descalços pisassem a terra e suas retinas filmassem paisagens frescas, de verdes incontáveis. Seu corpo pedia pelo descanso que os pensamentos negavam enquanto reviravam imagens e palavras mordazes. Seu corpo pedia por cuidado e amor. E era urgente.



segunda-feira, 21 de março de 2016

E continua..

Tema: Folga
Por Laura Reis

Antes das 8h já estava de pé, ao lado da cama olhando de um lado para o outro, como sempre, sem entender porque é que tinha tanta disposição em dias de folga. Uma vez a cada três meses, mas sempre do mesmo jeito:
No dia anterior, se planejava todo, fazendo mil listas de tarefas de casa, de organizações de arquivos, de ações já muito procrastinadas, mas a primeira era sempre “Acordar quando Deus quiser”. E Deus, pelo jeito, sempre queria que fosse bem cedo.
Estudou muito, a vida toda, e já se sentia realizado profissionalmente, exceto pelo fato de que preferiria nem ter o profissional para analisar. Imagina ter só o lazer como “tarefa”? Aposentadoria era seu sonho desde os 18, diga-se de passagem. Servidor público com as tão sonhadas 6h/dia de trabalho ainda em sonho, porque eram 8h, mesmo. Inclusive aos sábados. Tinha uma conta no banco que se alimentava dos trocados e rendia ao menos uns bons dias de férias por ano – o que já lhe parecia muito.
Nessa toada, os domingos eram reservados à família: o almoço sagrado na casa da vó, com alguns primos e tios pingados que variavam de domingo para domingo. Os mesmos causos, as mesmas partidas de buraco propositalmente perdidas, a mesma sobremesa de figo enfeitando a mesa, já que todo mundo só dava bola aos mousses e bolos crocantes. Voltava para casa já ao entardecer, lamentando a segunda seguida de rotina maçante de todo dia.
Pois naquela folga de maio, em plena quarta-feira, riscar todas as tarefas da folha de rascunho era seu objetivo maior. O café prolongado na padaria tomado enquanto finalizava a leitura do último romance já lhe ajudou a “Sair de casa”, “Terminar o livro”, “Me alimentar corretamente uma vez no dia”.
Voltou para casa pronto para tomar um banho e começar de vez todas as outras atividades, mas a TV olhou para ele e ele olhou para o controle e alguns episódios depois, a Netflix perguntou se ele ainda estava ali: a gota d’água para uma crise de existência finalizada por um despertador lembrando que um novo dia (de trabalho) começava.
Antes do episódio sobre o despertador, adormecera em meio a milhares de papéis da tal folha de tarefas que começou a rasgar depois de abrir a porta de casa ofegante de subir as escadas por ter voltado a pé da casa da vó onde comeu todos os figos de domingo passado porque ela disse que curariam essa agonia que ele estava no peito motivada por um choro compulsivo aparentemente justificado por perder uma partida de buraco sem se planejar já que não parava de falar sobre como precisava construir uma família, mesmo que fosse tal e qual aquela do seriado, toda bagunçada.

É chato pensar que só um dia pós-folga-perdida te faz entender que tempo livre é para ser desperdiçado com entretenimento sem aspirações. Até a próxima temporada.

quinta-feira, 10 de março de 2016

De nada

Tema: livre/top 5
Por: Rosana Tibúrcio

Se tem feito tão bem pra mim, por que não pra você?

1. Assista a série American Crime Story
2. Beba mais água e coma mais frutas
3. Contemple o pôr do sol e tire fotos dele
4. Cultive uma particularidade... ou duas ou mais que um milhão
5. Tenha snapchat e siga Thay (thaynaraog)


Uma linda quinta-feira pra todos vocês, meus amores, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há sugestões procês vencerem na vida, sacumé??? 

terça-feira, 8 de março de 2016

Licença poética

Tema: Livre/Top 5
Por Rafael Freitas

Quem me conhece já sabe: adoro trocadilhos. Admiro que brinca livremente com letras e palavras como se fossem peças coloridas de encaixar, construindo, transformando tudo em beleza e poesia.

Quem não me conhece, saiba: vou colecionando essas frases, versos e trechos de canções pela vida afora. Decoram as paredes do meu quarto e da vida, me arrepiam e me inspiram.

Se Fernando Pessoa já dizia que "Quem não vê bem uma palavra não pode ver bem uma alma", quem sou eu pra discordar, não é mesmo?!

Vamos alguns exemplos:

1 - Leminski. Sempre, sempre. Sou muito fã, simples assim.



2 - Eu me chamo Antônio - Um belo dia, numa livraria, me deparei com esse livro de ilustrações incríveis feitas em guardanapos de papel.


3 - Lucão - "É cada coisa que escrevo só pra dizer que te amo" é o título do livro do rapaz. Não resisto.



5 - Garimpadas em lojas de decoração




segunda-feira, 7 de março de 2016

Momento mu-si-cal

Tema: Livre/Top 5
Por Laura Reis

Esse post poderia estar sendo escrito por Rosaninha, por causa do título, mas além de ela não usar gerúndios dessa maneira, hoje é segunda-feira: IT’S MY DAY, BIT**.
So (então, em inglês), hoje venho lhes trazer algumas análises muito bem embasadas em meus sentimentos e pensamentos momentâneos sobre algumas canções que tem ficado na minha cabeça/tocado em minhas playlists (inclusive está no modo aleatório para escolha precisa que virá abaixo):

1 – Work 
Além daquela piadinha excelente sobre essa música ser tal qual nossa vida, existem alguns itens fundamentais para gostar dela: palavras que você fala sem saber o que está falando, palavras aleatórias que você sabe o que significa, sussurros de Drake (oi quiridu), batida que dá vontade de dançar (mentalmente, no meu caso) e claro: todo mundo está cantando essa coisa, então não dá pra ignorar.

2 – Farsa 
Tal qual Rihanna, Manu Gavassi não é o melhor exemplo de voz que agrada meus ouvidos, mas talvez por isso me deixe assim, à mercê de certa grudação na cabeça. Essa vozinha chata, esse “uh” insuportável que, quando você se dá conta, está fazendo IGUAL (Anitta também cabe aqui). Sem contar que, vejamos, tem toda uma história conhecida por trás dessa canção que, inclusive, me fez de alguma maneira ficar do lado da Manu nessa disputa mental por Chay (na real, eu ganharia, obviamente). Também adoro música que começa falandinho.

3 - Blecaute 
Tem Anitta, diva/musa sumida do meu Spotify mas com lugar marcado em meu coração, fazendo pequenas participações fundamentais que integram lindamente com esses pequenos coros de JOTA QUEST (por onde andava?). E sim, esses coros são maravilhosos porque TE INDUZ a fazer parte (“você chegou!”). E tem Nile Rodgers que nunca ouvi falar, mas está escrito ali. Que clipe horrorive é esse? Não vejam, que arrependimento.

Céu é a voz da malemolência, fofinha e goidinha de dizer. As batidas secas junto de tintilares delicados (nossa Laura.....................) lembram o último CD todo de Silva (Júpiter), também viciante. História tristinha finalizada por um final feliz com melodia mais animadinha que é pra esquecer a parte chata que ficou pra trás.

O que mais gosto nessa música é que é fácil treinar o inglês com ela. Você ouve e consegue cantar perfeitamente cada palavrinha (façam mais isso, gente!). Obviamente se tem um ritmo maravilhosamente incrível como esse, facilita. Com palminhas ainda (oi thaynaraog – snap), é melhor ainda. É isso. 

quinta-feira, 3 de março de 2016

Os meus amores...

Tema: livro
Por: Rosana Tibúrcio

Sempre tive casos de amor com livros. Desde pequena.

Os infantojuvenis, que tinham na casa de meus pais, tornaram-se meus melhores amigos e foram responsáveis por suavizar minha vida de criança triste, vítima de bullying diário.

Os romances, que tinham no internato no meu tempo de adolescente, foram meus paquerinhas e me fizeram sonhar com príncipes encantados.

Os josésalencareseimilares, que me eram impostos no tempo de jovem, meio que viraram uma espécie de inimigo, às vezes sim; inimigo, às vezes não; te amo, mas também te odeio.

Os romances, dramas e suspenses, que eu passei a adquirir desde o meu tempo de jovem casada, tornaram-se meus amores, amigos e amantes e deles nunca mais me separei. Amo pra vida toda.

Os de colorir, ahhh, os livros de colorir, quero me casar com eles mesmo sabendo que há monte de gente me achando trouxa.
Quero me casar com eles porque me recuso a acreditar em um casamento prisão; porque sei que com eles posso ter todos os outros ao mesmo tempo, sem quebra de confiança; porque com os livros de colorir eu não finjo como não fingia naquele meu outro casamento.
E os livros de colorir também querem se casar comigo... estamos nos dando muito bem e juntos queremos aquilo de "até que a morte nos separe".


Uma linda quinta-feira para todos vocês meus amores, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há loucura boa, daquelas que só os livros me possibilitam viver


quarta-feira, 2 de março de 2016

Deu sono

Tema: Livro
Por: Nina Reis




Gosto de ouvir histórias, de contar, de ver gravuras e de escrever, mas ler livros, aff, esse nunca foi um hábito em minha vida, Sim, isso mesmo, me julguem.
Me pergunto, Será um trauma? Será pressão? Será apenas desinteresse mesmo e o simples fato do maior sono do mundo chegar justamente quando estou abrindo um livro? Será?
Posso ficar apenas com as referências dos livros de colorir e da inveja da Laurinha na época da escola em definir metas de quantos livros iria ler no mês? Posso né? Obrigada. De nada!


Tem lápis de cor me esperando e esse tema me deu sono.


Fui.

terça-feira, 1 de março de 2016

Um caso de amor

Tema: Livro
Por Rafael Freitas

Eles me observam. Alguns com olhinhos pedintes, outros raivosos. Quase sinto o toque desses olhares.

Não costumava ser assim. Embora vivessem espremidos, sufocados, eram mais felizes. Providenciei um lugar melhor para que ficassem mais organizados e respirassem ar puro, mas a alegria durou pouco. É que agora eles me observam.

Antes talvez pensassem que tudo era uma grande correria. Era a justificativa que eu usava para a falta de atenção e daquela meia horinha diária em que a gente botava o papo em dia. Tornei-me um mentiroso, é o que me dizem os olhares.

E não é por não estarem tão bem organizados como prometi. Nem por tomarem como injusta minha divisão do espaço e os critérios adotados. Sentem-se traídos.

Talvez esse sentimento tenha sido incitado pelo "A vida como ela é". Nelson Rodrigues, vocês já viram! Os olhinhos pedintes são dos romances, tão esquecidos quanto um ex-amor que não valeu a pena. Os raivosos são daqueles ali de cima, biografias musicais, história da arte, poemas... Talvez não tenham percebido que não ando preparando tantas aulas ultimamente... (Por pouco tempo, espero.) Os de fantasia estão meio indiferentes. São mais confiantes no meu amor por eles. E tem os de colorir que não tomaram nem conhecimento: vira e mexe estou com eles, dou uma folheada, começo um desenho novo.

Agora, tenho falado bastante com o Sherlock Holmes. Ele me garantiu que já desvendou o mistério desses olhares: ciúmes. Alegam que foram trocados por inúmeras séries diferentes. Que eu era uma pessoa melhor antes de começar a assisti-las. Inclusive aqueles que já viraram séries reclamaram disso!

Ah, meus livros queridos. Vocês sempre terão um espaço especial no meu coração. Nunca vou deixar de amá-los, acarinhá-los e de trazer mais colegas para deixar a estante vermelha onde moram ainda mais bonita, culta e prazerosa. Mas do lado desse espaço especial tem outro cantinho reservado para as séries. Conformem-se: elas vieram para ficar!