terça-feira, 31 de agosto de 2010

De vez em sempre

Tema proposto: Eu sempre...
Por Rafael Freitas_




Eu sempre estou atrasado.
Eu sempre durmo de pijamas.
Eu sempre deixo a cama [e a vida] desarrumada.

Eu sempre escrevo com fontes sem serifa.
Eu sempre digito errado as palavras amigo e teatro.

Eu sempre me pergunto de onde o Chico, o Buarque, tira aquelas letras.
Eu sempre me pergunto de onde o Milton, o Bituca, tira aquela voz.


Eu sempre durmo na mesa quando bebo vinho.
Eu sempre durmo com a luz acesa se vou para cama com um livro.

Eu sempre perco o fio da meada.
Eu sempre troco os pés pelas mãos.
Eu sempre invento desculpas esfarrapadas.
Eu sempre rio de mim mesmo.

Eu sempre fico sem dinheiro no final do mês. No começo dele também.
Eu sempre choro no cinema. No sofá assistindo novela também.

Eu sempre penso que posso estar velho para alguns sonhos.
Eu sempre vejo fantasmas onde não tem.
Eu sempre falo demais.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Te cuida, seu lindo.

Tema: Eu sempre...
Por Laura Reis



print site WOWCUBO

Se um dia você quiser a opinião superficial de alguém sobre alguma coisa, dou uma dica: não pergunte a mim. Ou melhor: não me dê abertura para que eu possa interferir no que você faz. Nunca, se possível.

Sou chata, assumo aqui, nesse blog família, o quanto sou uma pessoa extremamente chata.

Sabe aquela frase que a gente diz meio que pra implicar alguém quando perguntam se ficou bom e se reponde: podia ter ficado melhor? Ela não é brincadeira quando sai da minha boca. Sempre, sempre encontro algo que poderia mudar aqui, colocar mais pra lá, substituir acolá. Sempre. Não, não é hiperbólica essa frase, juro.

Sou um gênio para encontrar naqueles detalhes que ninguém nunca vai perceber as coisas mais absurdas e as justificativas mais cabulosas para as suas mudanças.

Pessoas que trabalham, estudam e convivem comigo podem confirmar isso que eu digo, mas em vez de depoimentos seriam reclamações porque sei que todo mundo se irrita.

Mas tudo bem.. não me importo, não vou me magoar, podem comentar aí sobre o fato. Até mesmo porque eu, com certeza, o faria estivesse no lugar de vocês. E nessa reclamação/depoimento eu iria descrever as considerações necessárias e desnecessárias, iria sugerir mudanças, dar dicas e etcétera.

Quando pessoas me passam textos ou frases para ler e ver se está tudo ok eu não só vejo se tem palavra errada, como dou outra opção de ordem das frases, de sinônimos ou de mudança nas vírgulas.

Sabe porque eu não posto semanalmente ou diariamente no meu blog? Porque eu não suporto escrever e publicar direto. Já disse e repito: preciso ler, no mínimo, umas dez vezes um texto para achar que está realmente bom ou não tão bom assim. Por isso meus textos são quase sempre do mês passado. No máximo, semana passada.

No entanto, no meu trabalho e no dia a dia, há necessidade de escrever coisas (e textos) que irão ao ar dali a pouco, e esse é um dos meus mais sofridos momentos. Porque antes mesmo de não conseguir fazê-lo eu fico sofrendo com o fato de saber que tenho dificuldade nisso e isso, obviamente, acaba dificultando todo o processo, compreende?

Acho que por todos esses fatores não me arrisco na Direção de arte da Publicidade ou então na arte do desenho ou pintura: jamais estaria cem por cento satisfeita. E uma arte, um desenho não dá pra ser mudado de maneira paciente e detalhada depois de estar pronto (a não ser quando eu começo a dar opinião e obrigo você a mudar). Ou talvez seja apenas porque não tenho dom para fazer, o tenho apenas (e em grande quantidade) para apreciar (e interferir).

Enfim, eu sempre... sou chata. TE CUIDA, seu lindo!


Aconteceu: Mês passado uma mulher me pediu pra fazer um serviço pra ela, eu disse que não sabia, mas, vendo o que já estava feito, comecei a dar palpite naquilo e, depois disso, ela nunca mais falou comigo.


Atenção: a imagem é print do site da Agência wowcubo, onde trabalho e que atualmente tem sido o maior motivo pra eu ser chata e dar opinião até perder a saliva ou me mandarem calar a boca. É isso. (Opinem vocês também, eu aceito.)

sábado, 28 de agosto de 2010

Carta ao meu pai

Tema: Carta para alguém que amo
Por: Taffa
O nosso relacionamento já foi bem melhor, é verdade. Lembro-me de quando brincávamos e passeávamos a esmo, apenas para aproveitar os bons momentos daqueles dias, numa época em que nos divertíamos com coisas simples e nos entendíamos através de sorrisos sinceros.
Seus olhos – sempre tão azuis – me aconselhavam com uma serenidade incrível e seus cabelos – ainda cheios e escuros – contrastavam suavemente com o tom da pele clara que eu enxergava com meus olhos de criança arteira e inquieta: um pingo de gente que tanto deu trabalho durante a primeira fase da vida.

Eu me recordo que fomos comparsas. Um piscar de olhos ou movimento de sobrancelhas iniciava toda a brincadeira. Caronas durante as primeiras séries escolares fixavam o itinerário dos dias e insônias por causa de um filho que dormia na cama dos pais marcavam a rotina das noites.
Tombos, machucados e hospitais: era assim que meus dias discorriam. Afinal de contas, de onde mais surgiriam tantas marcas e cicatrizes que hoje tenho espalhadas por um corpo que – convenhamos – mais parece uma colcha de retalhos?

Assim fechou-se um passado. Não tão próximo e nem distante. Que marcou um pedaço das nossas vidas, que mais pareceram um daqueles contos fantasiosos tirados dos livros onde os animais conversavam com os homens e os garotos – caso quisessem – podiam até mesmo voar.

Então vieram as novas escolas, as grandes mudanças e, por fim, a faculdade. Perspectivas diferentes, num corpo que ansiava por experiências.
Foi quando começaram as brigas – cada vez mais ríspidas. Nossos egos bateram de frente e eu pude ver, pela primeira vez, a sua parcialidade: tão inflexível perante os meus pontos de vista.
Discutimos bastante e, aliás, ainda o fazemos. Nossas opiniões são tão opostas que algumas vezes já me peguei pensando se algum dia iremos concordar em algum assunto qualquer. A sua severidade me trouxe desconforto e quando decidi te contar meus segredos, preferi os omitir, por medo de não saber qual seria a sua reação.

Aprendi sobre mim da melhor maneira possível: através da precaução. Certifiquei minhas ações e só dei um passo inicial nesse mundo quando tive a certeza de que responderia pelos meus atos, podendo erguer o peito e enfrentar prontamente quaisquer pessoas que se opusessem a mim. Eu já não tenho mais medo e meu receio, antes tão desmedido, já deu lugar a uma porção abundante de confiança.

Hoje, enquanto repenso o que já te disse e o que deixei de falar nestes anos, não me sinto triste e tampouco amargurado. Sei que tenho meus arrependimentos, mas meus erros – humanos como os de qualquer outro – devem ter sido perdoados com o passar do tempo em que vivemos juntos. Eu já me culpei tanto por não ter seguido os caminhos que você havia pré-estabelecido pra mim que cheguei a imaginar que a minha razão única da vida era ter nascido para te confrontar, mas percebi que tudo isso era uma perspectiva errada minha: o motivo de tantas brigas e desentendimentos era o fato de eu ser exatamente igual a você.

Eu demorei vinte e dois anos pra te entender, pai. E nesse meio tempo eu sei que tivemos nossos altos e baixos. Portanto, eu quero levantar a bandeira branca e desejar paz para nós. Não com o intuito de me render ou dizer que perdi a guerra, porque essa nunca aconteceu. Quero apenas que me dê um abraço apertado, um caloroso sorriso e me diga como foi o seu dia; porque, meu velho, nós temos muito que conversar. E a primeira coisa que eu preciso que saiba é que eu não quero mais me perder de você.

[Carta originalmente postada nos meus Instantes.]

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Nas sextas-feiras

Tema: carta para alguém que amo
Por: Paulinha Miranda



São Paulo, 27 de agosto de 2010

Hoje é sexta-feira, eu sei que você adora sexta-feira, por causa daqueles motivinhos bobinhos de sempre: a sexta sempre antecede o sábado, sábado pode acordar mais tarde, ficar na preguiça e fazer o que quiser, por isso já cedo pensei em você e bateu aquela nostalgia gostosa.

Tomei meu café da manhã e sonhei com nossos longos papos pelas madrugadas, você sempre tão sarcástico, mal, insensível, ciumento e ao mesmo tempo engraçadinho e piadista. Eram piadas sem graça e sem motivo nenhum. Eu sempre fui mais séria, mais introspectiva, e sabia fazer piadas pontuais e certeiras.
Você debochava de mim, lembra? Me olhava com aquele olhar blasé, de cima pra baixo, com ar de superioridade, e eu parava de rir. Morria de medo de perder você!
Ontem vi um candidato a deputado (eu acho) você sabe como eu confundo deputado com senador, e eu sei que você vai confessar para todo mundo que você é o marqueteiro do Tiririca. Achei sua cara aquele slogan. Sei que estou sonhando, você odeia política, talvez goste um pouco da politicagem e os jogos de poder.
Definitivamente sexta é o seu dia, e é o meu dia no guaraná. Já te contei várias vezes do Guaraná, você sempre esquece e desconversa. Diz que não entende, eu sei que você entende e me apóia (talvez não me admire como eu queira), no mais eu te amo e quero viver assim pra sempre..

Ass: Paulinha Miranda

Eu fiz uma super piada, vamos ver quem vai advinhar quem eu amo.. beijos gatinhos e gatinhas

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Pra melhor das duas

Tema: carta para alguém que amo
Por: Rosana Tibúrcio

Patos de Minas, 26 de agosto de 2010

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Olá pequena, tudo bem?
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Há muito tempo queria bater um papo com você, dizer de meu carinho, amizade e amor eternos. Essa carta fará com que eu realize o que sempre tive vontade e fui deixando, deixando...
Sei que nossa vida não tem sido tão bacana e fácil como desejávamos. Mas eu sempre te disse, desde quando éramos mais novinhas: “para de ler tantos contos de fadas e romances, ver tanta novela, de sonhar por e com tanto, porque a vida, aquela a ser vivida, é completamente diferente dessa que você quer construir pra gente.”
E o que você me dizia, lembra? Que eu era cética, desanimada. Não era e não sou. Mas enquanto você lia aquelas historinhas infantis, de príncipe bom, rico e generoso; os romances da moça que era feia e pobre, mas se dava bem na vida profissional e afetiva; era eu, de nossa dupla, que desafiava o mundo...
Nunca deixei de gostar de você, mas francamente? Quando você acreditava e dizia - lá na nossa infância/adolescência/juventude -, que caso não existissem os castelos e felicidade plena, como nas histórias, você se contentaria com macarronada aos domingos; filhos bons e carinhosos; marido trabalhador, amoroso e para sempre; amigos reunidos... eu pensava: isso não vai prestar.
Ma-car-ro-na-da fofinha???
Eu achava isso tão pouco minha querida, sempre quis mais pra você, pra nós. E você insistia: "tá, vale um franguinho com açafrão e feijão batido... o importante é maridão na mesa de almoço do domingo, filhas e filhos com seus respectivos namorados, a casa cheia e pronto."
Mal sabia você que no tempo de agora não há macarronada nem frango com açafrão nos domingos; não há casa cheia; não há, na maioria dos dias, com quem trocar uma ideia sequer e contar do dia-a-dia, dividir dúvidas e angústias, repartir sucesso e felicidade.
Contamos, pequena, na maioria do tempo, apenas uma com a outra... e olhe lá, pois sinto que, também, te deixo um pouco de lado, à mercê de seus sonhos e desejos, sem ânimo pra ajudá-la.
Sei que poderia te fazer mais companhia, desculpaêê oww amiga querida; enquanto você ainda sonha, eu ralo.
É... não tenho te dado a atenção devida, pois ando azeda, numa correria pra lugar nenhum, e te deixo assim, nos cantos da casa, quase perdendo a alegria de viver: os sonhos.
Apesar do meu "ceticismo" e correria, juro a você que todas as noites antes de dormir peço pra que Deus conserve esse seu lado mais lúdico que, por vezes, critico mesmo sabendo que é esse lado que me dá gás pra o outro dia...
Olha só, te amo viu? Quem sabe... a partir dessa carta talvez eu consiga dar a você, Rosana pequena, o carinho que merece e precisa ter.
Afinal, se não fosse seus sonhos, eu, a Rosana grande, mais velhinha e cansada, já teria jogado a toalha e dito: "salve-se quem puder", mas não, amiga... tamu juntas nessa e pra sempre.
Carinho e amor, te dedico.
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Uma linda quinta-feira pra todos vocês, meus amores, pois nas quintas há algo diferente no ar e hoje há carinho praquela outra de mim que parece menor, mas né não...
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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Êta conjugação

Tema: Carta para alguém que amo
Por Nina Reis

imagem que escolhi por falta de opção

Ei mocinho, tudo bem com você?

Já que não tenho coragem de falar tudo que penso, resolvi escrever essa carta. Só pra você ficar por dentro de tudo que acontece comigo em relação a sua pessoa.

Logo de inicio, pensei que fosse coisa boba, do tipo quando acho alguém bonito e fico toda assanhadinha querendo fazer com que a pessoa me observe. Mas não, com você foi e é diferente.
Foi, porque nos primeiros dias, contava no relógio as horas pra poder encontrá-lo. Quando não estava nos pontos principais que eu passava, ficava ansiosa pra sua ronda ser lá pertinho de mim.
E quando finalmente você chegava Ave Maria, me dava uma tremedeira nas pernas, perdia o ar, mas logo recuperava, pois não podia perder a chance de conversarmos. Havia, ou melhor, há uma pessoa especifica que morre de ciúmes de você. Não tiro a razão dele, sempre falei brincando que te amava e isso sempre o incomodou. Mas peraí, eu disse amava? Tem algo errado nessa conjugação.

Deixa-me explicar mais um pouco.
Hoje nossas conversas são mais esporádicas, afinal de contas você mudou de turno e isso atrapalhou um pouco os nossos encontros. A expectativa em te ver continua a mesma, mas o chato é que cada vez que te vejo tenho mais vontade de ficar ao seu lado e isso tem me incomodado bastante.
Agora preciso comentar uma coisinha, você tem falado muito sobre uma pessoa e isso tem me deixado triste. É querido, aquela conjugação está totalmente errada mesmo. Estou desconfiada (pra não dizer certa) que estou te amando, mas meu coração tá doendo e num quero isso não.
Tanta coisa impede de ficarmos juntos e você sabe muito bem disso.

Então, prefiro me afastar por um tempo. Ahhh não vou pegar atestado e nem viajar pra poder não vê-lo, o meu afastamento será, que fique claro: não abraçá-lo (pra evitar o contato físico), não parar pra conversar (pra evitar olhar em seus olhos) e não te dar mais nenhuma bolacha Bono (pra evitar ver esse seu sorriso lindo).

É isso.

Num quero escrever mais não, afinal um pano basta pra enxugar as minhas lágrimas.

Sem beijos e sem abraços e sem mais contatos.

Nina Reis.

Obs.: esse pano foi no domingo, hoje tô bem, os panos estão sequinhos.


terça-feira, 24 de agosto de 2010

Carta para Marcos Vinícius

Tema: Carta para alguém que amo
Por Rafael Freitas_



Borda da mata, 24 de agosto de 2010

Oi, Vinícius!
(Xiii... vai rolar uma briga! Certeza que sua mãe vai querer que te chame pelo nome completo. Mas eu prefiro só Vinicius!)

Tudo bem, meu sobrinho? Como passou?

Olha só. Você não tem nem um mês ainda e o tio aqui já te mandando uma carta! Bom que você já cresce sabendo que posso ser inconveniente, às vezes. Interprete mal, não. É só carinho, meu menino. Quando crescer e puder ler você mesmo a cartinha, aí talvez entenda.

Você nasceu numa terça-feira, dia três de agosto, às 7h25min, pesando três quilos. Correu tudo bem no parto, com você e sua mãe. Mas você não dormia à noite. De quarta-feira pra quinta, então, seu pai disse que ficou com você no colo a noite toda, até às seis da manhã! É que você estava com infecção de urina... Três dias no mundo e já uma infecção dessas. Bebês não podiam ficar doentes. Ajudei a te dar a primeira dose de antibiótico: dezoito gotinhas daquele remédio amarelo, de cheiro adocicado. Remédios servem para ajudar a gente, para tirar a dor. Pena que não exista remédio para tudo nessa vida...

Fiquei com você cinco dias, depois tive que voltar para casa. Gente grande tem muitos compromissos, sabe. Muitas preocupações que nem sempre valem a pena. Nesses dias, o Gustavo estava um pouco enciumado com sua chegada. Mas não se zangue com ele. É normal. Logo vocês vão brincar juntos de fazendinha, de bola, de carrinho. Talvez briguem vez ou outra. Mas também é normal. Seu pai e eu brigamos muito quando crianças. Mas só quando crianças. Adultos não brigam. Até brigam, mas aí são chamados de burros. Entre eles estão os preconceituosos, os violentos e os políticos.

Por falar em políticos, você nasceu num ano de eleição para a presidência do Brasil! Eleição é assim: você tem que escolher entre alguns canditatos qual você acha que vai cuidar melhor do país. Como se você escolhesse se prefere tomar banho com a Tia Heloísa ou com a Vó Mita. Mas imagine que elas se estapeiam para ver quem vai dar o banho! (E os principais candidatos se estapeando para dar um banho no Brasil são José Serra, Dilma e Marina da Silva.)
Não gosto muito de política, sabe. Mas isso você só vai entender quando crescer muito, que nem vai brincar mais de carrinho. Crescer é bom. A gente não brinca de carrinho, mas pode dirigir um de verdade. É um pouco mais difícil. O tio aqui não sabe ainda. Mas vou aprender. Tem escola para isso. Escola também é um coisa muito boa, viu. Você vai aprender um monte de coisas lá!

Aí, meu menino. Vou ficando por aqui. Um pouquinho longe, e com saudade. Você deve ter crescido um tantão já!

Como não dá para te abraçar ainda, com um UPA! bem apertado, deixo um beijo na sua testa assim, dado bem de pertinho, com você no meu colo.
Saudades,

Tio Rafa
(Ou, como seu irmãozinho diz, Tio Áfa!)


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Amo mesmo.

Tema: Carta para alguém que amo
Por Laura Reis


Ei você, como é que tá?
Estamos muito distantes ultimamente. Se há um tempo eu sabia até o que você tinha comido no lanche da madrugada, hoje eu não sei nem mais se você ainda está namorando.

Por muito tempo da nossa vida, praticamente a metade dela, ou ainda, a época mais marcante, passamos juntas. Não apenas juntas de corpo presente, mas de coração e sintonia também.

Essa sintonia nunca nos faltou, sempre conversamos sobre tudo, tiramos dúvidas idiotas, contamos casos bestas e até criamos códigos para conversar perto da sua família e ninguém saber do que se tratava.

Houve um tempo em que dormíamos uma na casa da outra, diariamente. Acordávamos juntas e íamos ao colégio e passávamos a aula inteira conversando por bilhetes que se prolongavam e no fim do dia eram três folhas de fichário cheias de diálogos. Depois, íamos cada uma pra sua respectiva casa e quatro ligações, durante a tarde e a noite, era a média diária.

Fazíamos listas de ficantes, listas de compras e listas do que colocar na mala pras viagens que também fizemos juntas.

Muitas pessoas passaram por nós, entre nós e muitas foram nossas companhias, mas nunca tal como éramos uma com a outra. Era indiscutível a ligação visível que existia.

E agora, faz muito tempo que não fazemos ligações, dessas literais, com telefones mesmo, as últimas duraram menos de dez minutos ou porque alguém está num lugar cheio e barulhento ou porque não há tempo pra falar com a quantidade de compromissos. São mil motivos e as ligações de anos atrás parecem lenda e fantasia.

Confesso que nem sempre sinto sua falta. Ultimamente tem sido assim com quase tudo e todos que já passaram por mim. Tenho estado com a cabeça bastante cheia com a faculdade, o trabalho e algumas preocupações que todo mundo tem na vida e não tem me sobrado tempo pra lamentar a sua falta e a distância que tem nos separado e se tornado mais do que física.

Mas acontece que nessa última semana me caiu a ficha de que nunca mais terei ninguém igual a você comigo. Ninguém ainda conseguiu me mostrar uma pontinha de algum futuro, que eu possa olhar pra trás e admitir que esteja enganada e que pode existir amizade igual a que tivemos.

E, assim, me bateu um desespero bem grande e um nó indestrutível na garganta e uma dor interminável no peito ao pensar que tenho estado tão sem companhias verdadeiras, tão sem amizades sinceras e pessoas que valham a pena do meu lado. Não apenas tenho olhado pro agora, aliás, muito pelo contrário, estive analisando muito mais o que já passou e a quantidade de sorriso que já dei e de felicidade que já esteve presente na minha vida quando pensava em amigos e colegas. E você, amiga, fazia parte disso.

Espero de coração, que não fiquemos assim por muito mais tempo ou, não sendo possível, que a cada vez que nos revermos eu possa confirmar que você foi e sempre será a minha melhor amiga.

Amo você. Amo mesmo.

sábado, 21 de agosto de 2010

Não listado

Tema proposto: Na lista do supermercado
Por: 
Taffa


As minhas idas ao supermercado são sempre rápidas. Também pudera, moro a cinco minutos do Carrefour e tudo o que preciso na vida eu consigo encontrar lá. [Exagero.] Daí, até hoje, ainda não tive sucesso nessa simples tarefa que é conseguir utilizar uma lista de compras.

É vergonhoso admitir, mas o esquecimento não me permite fazer listas. E mesmo que vocês me digam: “Mas Taffarel, esse é justamente o objetivo: nomear tudo aquilo que você precisa comprar. Dessa forma você não se esquecerá de nada.” Não vai surtir efeito, pois o meu problema não está em seguir uma lista pronta, mas em fazê-la. Eu nunca me lembro de quais itens devo colocar naquela relação.

Se de manhã estou faminto, corro até a padaria e compro pães. Se durante o almoço - que é bem corrido - a fome aperta, dou um pulo em qualquer restaurante e como o que encontro por lá. O café da tarde é meio que utópico, pois muitas vezes eu nem sequer tenho tempo de tomar um copo de leite. E o jantar, belíssimo, é sempre à base de uma linda e saudável junk food.

Vou eventualmente ao supermercado. Apenas quando preciso de algo e me lembro daquilo no último minuto possível. Por exemplo: já aconteceu de eu começar a fazer um misto e ter esquecido o apresuntado ou, até mesmo, não ter pão. É humilhante quando isso acontece. Também já ocorreu de eu começar a lavar roupas e perceber que estou sem amaciante. Imaginem a situação, isso dói no íntimo do ser.

Portanto, listas não são pra mim. Contudo, espero que algum dia eu consiga adequá-las à minha realidade. Até lá, vou tropeçando, esquecendo de alguns produtos e lembrando-me de outros quando passo pela situação. Um dia tudo se ajeita, ou piora, quem sabe.
O que afirmo é que dessa forma eu vou levando a minha vida e me divertindo aos montes com cada ocasião. Ah sim, isso eu posso garantir!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Das manias e necessidades em um supermercado

Tema proposto: minha lista de supermercado
Por: Rosana Tibúrcio


Houve um tempo em que eu gostava de ir ao supermercado; hoje gosto mais não. Só pra situar minha relação com esse lugar.
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Algumas vezes eu faço listas. Quando faço, utilizo uma folha e escrevo, do lado esquerdo e no alto, os produtos alimentícios; do direito, no alto, os de limpeza; e, no centro, na parte mais inferior, os de higiene. Sempre assim... É quase uma norma da ABNT, ou melhor, é uma norma da RATS (hahayshaus adoUUUro!!).
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Gosto de separar os produtos, não só no carrinho, como, também, pelo caixa e tadim do empacotador que fizer bagunça. Rafilhote, aprende comigo, nada de camisinha misturada com tempero, tá? (camisinha, tempero... sacaram???).
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Atualmente, minhas compras são fragmentadas e utilizo três supermercados. Num eu compro as necessidades, noutro as manias e no terceiro, via telefone, compro necessidades/manias.
Depois dessa explanação toda, vamos ao que interessa: às minhas três listas básicas.
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1. Necessidades maniadas - porque sou fiel às marcas. Não aceito imitações e acredito que o melhor é melhor; isso de comprar o mais barato é caro e burro, muito burro.
Limpeza: sabão em pó Omo, sabão de barra Minerva, Limpol (vario as cores entre o verde, amarelo e vermelho, uma delas a cada mês), Kiboa, Pinho sol, esponjas Scotch brite, amaciante Confort, dentre outros.
Alimentos: Arroz Tio João, açúcar cristal Cristalçucar (infelizmente é a marca melhorzinha que encontro por aqui), café Pilão ou Melita, catchup apimentado, margarina Qually light (porque sou saudável hahaha), pão de forma e bisnaguinha Seven boys, apresuntado da Sadia, mussarela, se possível, da Coopatos, requeijão Poços de Caldas etc.
Higiene e beleza: papel higiênico Personal, folha dupla fina (afinal, minha bunda não foi achada na folia); absorvente; creme dental Colgate, fio dental Johnson, tinta pra cabelo castanho escuro, Koleston ou Loreal (hô hô ela tem cabelos brancos, dirão...) e outros. Adendo: alguém poderia perguntar: ela não compra sabonete? Arráááá, compro não, sou chique benhê, só uso sabonete da Natura, ganhadinho, sacou?
2. Manias necessárias: escova de dente, macia e vermelha, eu disse, vermelha; creme nívea, trident, chocolate, sorvete de creme da Kibon, ovomaltine, bolacha Bono, latinha de cerveja Skol (umas quatro por mês, porque sou uma mulher séria) e mais (mas abafa o caso).
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Na verdade, sou simples em supermercado. Tenho birra de comparar preços/marcas. Se eu tivesse tempo e carro, como antes tinha, continuava comparando só os preços, mas em relação aos mesmos produtos, aí vale muito a pena. Marca é marca, não abro mão. Substituir Pinho sol, por exemplo, por outro desinfetante porque ele é mais barato, é melhor comprar logo, também, uns bons metros de corda e se enforcar...
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Ah, não posso esquecer que na minha lista sempre tem os agradinhos pras filhas e amigos de filhas e minhas visitas, pois nada melhor que agradar queridos. Quer dizer, depois de comprar café, trident e creme nívea. Certo?
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Uma linda quinta-feira pra todos vocês, pois nas quintas há algo diferente no ar. E hoje nem é no ar, é aqui mesmo: uma listinha básica pra quem quiser fazer um belo de supermercado pra mim. Obrigada!!
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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Mesmo sem lista, ele sempre vai

Tema proposto: Na minha lista de supermercado
Por Nina Reis



Não consigo entender quem não gosta de ir ao supermercado.
Medo de comprar em excesso ou pavor em enfrentar uma fila?
Esses medos eu tenho, mas confesso pra vocês que se pudesse passava horas e horas dentro de qualquer um deles.
Depois que passei a morar sozinha, tudo ficou melhor, afinal de contas compro o que quero sem precisar dar satisfação, mesmo que a maioria seja besteirinha. Claro que com isso, ele, meu companheiro nunca faltará na minha lista. Que ele venha na bolacha, no bolo, no bombom ou até mesmo no halls, mas jamais sairei sem ele de qualquer supermercado.
E vocês sabem bem que falo do chocolate.
Sempre invejei quem tem listinha e se organiza antes de fazer uma compra.
Faço tudo de cabeça e sempre levo coisas a mais.
Mas se pudesse fazer uma compra básica usaria o meu top 5 de 5 pra facilitar minha vida.

Então vamos lá,

1 - Alimento para almoço e janta
Arroz
Macarrão
Carne
Alface
Milho

2 - Alimentos para café e lanche
Sucrilhos
Pão de forma
Presunto
Waffer
Bono

3 - Bebida
Água
Chá de limão
Água de coco
Suco de uva
Suco de maracujá (da Helô)

4 - Material de Limpeza
Sabão
Sabonete
Veja
Detergente
Omo

5 - Bobagens preferidas
Chocolate
Trident
Fandangos
Pipoca
Danoninho

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Pelos corredores e prateleiras

Tema proposto: Na lista de supermercado
Por Rafael Freitas_



_Quando eu tiver a minha casa, vou ter muitos desses na geladeira! – pensava todas as vezes que passava pela geladeira de iogurtes do supermercado. Sentiu uma tristeza leve junto à falta daquele seu preferido: papaya com cassis. _O que é bom dura pouco – lembrou.

Naquele dia só precisava de um bom vinho. Aquele branco, suave. Pegou também chocolates. E algumas velas. Esperava alguém para ouvir jazz e jogar conversa fora.

Nunca gostou muito de ir ao supermercado. Não encontrava lógica na disposição dos produtos, embora soubesse que existia alguma. Alimentos num corredor, produtos de higiene pessoal no outro. Produtos de limpeza no canto de lá, vidros e louças de cá. Mas por que nunca achava nada?

Escova de dentes, desodorante, xampu, fio dental, lâminas novas para o barbeador, um par de chinelos, seu biscoito recheado preferido. Sempre as mesmas coisas. Qual a melhor marca? Verificou o prazo de validade? A amarela ou a roxa? O dinheiro vai dar? Sempre as mesmas perguntas.

Hoje se acha tudo nos supermercados. São os grandes facilitadores da vida moderna! Promoções, estratégias, embalagens bonitas: tudo para agradar ao freguês! Satisfazer todas as suas vontades, seus desejos, suas carências.

_Logo irão vender amor enlatado - pensou. E riu. Ele compraria algum. Amor nunca é demais; é sempre bom ter no estoque.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Eu dona de casa. Eu?

Tema: Na lista de supermercado
Por LauraReis




Nunca fiz compras no supermercado. Não sozinha, com lista e enchendo carrinho até não caber mais e observando o orçamento.
Compro no máximo sete itens, pra dar um número pra vocês.
E o que tenho a dizer sobre listas e supermercados não é exatamente sobre mim, mas sim sobre minha CRIAÇÃO, veja bem.


[Há mais de 10 anos]
Sempre achava o máximo quando minha mãe fazia as compras e tínhamos um estoque todo organizado aqui em casa, lá de fora, na casinha (não é redundante, é só a denominação que se usa pra falar da casinha que fica de fora da minha casa casa mesmo.).
Eram duas estantes daquelas de cinco prateleiras e havia a separação entre alimentícios e higiene/limpeza e em cada parte havia o nome do produto e a quantidade dele. Claro que tinha toda uma técnica para quando um item era retirado do tipo que se fizesse errado minha mãe com certeza dava uma crise e claro, também, que era muito fácil as ajudantes daqui de casa pegarem alguma coisa, como aconteceu uma vez, que minha mãe viu.


Na lista da minha mãe, além das coisas como sabonete, creme dental, papel higiênico, arroz, feijão, detergente, dentre outras mil coisas que faziam parte do meu dia a dia, mas eu pouco ligava, havia também a caixa de cereal, a caixa de toddynho, as quinze bolachas de vários sabores, tipo a mirabel, tinha também o skinny e o guaraná e também as jujubas e o chocolate.
Isso não podia faltar nas compras do mês.


Pois bem, como disse anteriormente, eu não fiz ainda uma compra, DAQUELAS, sozinha. Moro com a mamãe até hoje [e adoro].
Não sei muito bem o que deve ter numa lista de supermercados pra minha casa e, bom... como todos já devem ter notado não tenho muita tendência a ser uma ótima dona de casa que lava, passa e, principalmente, cozinha. Porque comigo o máximo que você vai conseguir ter na cozinha são suas louças muito bem lavadas e eu provando as comidas que você faz, caro leitor.


Sendo assim, na minha lista [mental] de supermercado, concluo que não pode faltar, mensalmente [e enquanto não tenho família nem orçamento]: papel higiênico, Doritos, Sucrilhos e Chá Mate. E só.
De resto dá pra me virar bem e comprar quando houver necessidade, tipo de três em quatro meses ou quando as visitas e chefs de cozinha solicitarem.
Um grande abraço.

sábado, 14 de agosto de 2010

Um brinde ao Quatorze

Tema Livre
Por 
Taffa
Querido Quatorze;
Eu imagino que a sua vida não deve ser tão legal assim. Afinal, você vive esquecido, jogado de lado e, fora os que aniversariam na sua data, não há mais ninguém que faça tanta questão de você existir.

Tudo bem, a culpa não é sua, eu entendo. E duvido muito que foi você quem escolheu ser o dia subsequente ao Treze, mas imagino que, de toda forma, você merecia algum tipo de gratidão.

O que seria das sextas-feiras Treze se você não estivesse ali, quietinho, ocupando seu espaço no sábado, dia em que muitos acordam tarde e agradecem satisfeitos por você existir? E o restante do mês que, sem você, ficaria fadado a viver num eterno limite de trinta dias? Coitados. Ficariam desorientados. Imagine a loucura que seria se todas as vezes que chegasse o final do dia Treze, fosse necessário arranjar outro dia para ocupar o seu lugar. Caramba... Fico preocupado só de pensar.

E se o dia Quinze estivesse indisposto ou hospitalizado? Ele não poderia chegar antes para preencher o espaço vazio. Teriam de pedir ajuda para que um dia mais adiante, quem sabe o Vinte, organizasse toda essa bagunça. Só que dessa forma aconteceriam problemas, pois estamos acostumados com sequência dos dias e, sem você, tudo ficaria fora de ordem: seria um completo caos.

Além do mais, você possui uma grande parcela de importância no mundo. Pode parecer brincadeira minha, mas eu posso te provar. Sabia que na Sérvia você é o dia do Ano Novo? Isso mesmo! Sem você eles ainda estariam no ano Um. Imagine só o atraso de vida, a falta de perspectivas e o quanto seria difícil para os trabalhadores de lá receberem aquele salário extra de final de ano. Viu como você é importante? Mais de dez milhões de pessoas agradecem toda noite só pelo fato de você existir.

Viu só? Pode ficar tranquilo, pois agora você sabe que tem o seu valor. E hoje, tenho uma novidade: você foi escolhido para ser o dia em que faço o meu post inaugural como novo participante do Guaraná com Canudinho. E, pra mim, isso é algo digno de comemoração, pois de hoje em diante dividiremos essa data como um dia em que tivemos grandes e ilustres expectativas em comum.

Um grande abraço, do seu mais novo e sincero admirador-secreto-e-agora-não-tão-secreto-assim;
Taffarel

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Veni, vidi, vici

Tema Livre
Por Paulinha Miranda


Qual vitória é mais saborosa? Aquelas pequeninas do dia-a-dia? Ou uma grande vitória no final da jornada?

Esta semana eu estava lendo um romance (de banca), as péssimas línguas desse blog vão me zombetar. Já sofri muito bulling por conta disso. Mas, o livro era maravilhoso, o melhor que já li. A temática de homens libertinos que passam a vida bebendo, jogando e gastando suas fortunas com suas amantes me fascina. E enquanto eu me deliciava com a leitura (mesmo sendo em e-book), consegui me maravilhar.

Eu me encanto pelos títulos de nobreza. Reis, príncipes, duques, condes, marqueses, barões – estão por ordem de importância de título (você tem que se dirigir a um duque por vossa alteza e os demais titulo por milorde).

O livro chama A mansão dos segredos e a autora é Candace Camp. Conta a história de um mocinho muito vilão, que é um nobre inglês quase falido, sem reputação nenhuma e vive um caso de amor obsessivo com sua amante há mais de 17 anos. Ele não consegue parar de jogar e, consequentemente, perde sua fortuna; nem parar a roda gigante nefasta e perigosa que é sua relação com uma mulher cruel e imoral. Eu entendi a doença do mocinho, juro, juro.

Na época, na Inglaterra, a maioria dos nobres ingleses, que não eram muito chegados no trabalho, estavam falidos e precisam se rebaixar, ou casando com plebeias cheias da grana ou americanas podres de ricas. No caso do conde de Ravenscar (Devlin) ele escolheu casar com uma americana chamada Miranda Upshaw. A autora descreve tão bem a personalidade dos dois. A Miranda sempre trabalhou com o pai e entende de negócios, o Devlin nunca pegou no pesado e foi renegado pelo próprio pai.

Miranda é aquele tipo de pessoa que gosta de consertar as coisas ao seu redor e Devlin passa a ser seu projeto pessoal. Ela se casou sabendo que ele queria seu dinheiro, que não a amava e tinha uma amante que o dominava completamente. Por isso, o tempo todo que li o livro essa frase não saia da minha cabeça: vim, vi e venci.

Vim: Miranda veio de outro país, sem conhecer os costumes locais, sem vontade alguma de se casar com um almofadinha, especialmente sendo inglês e cheio de dívidas.

Vi: A situação precária da vida do marido, cheio de dívidas e vícios, a casa caindo aos pedaços, mãe megera, amante odiosa.

Venci: Derrubar as barreiras de gelo ao redor do coração do marido e conseguir seu amor.

Quer coisa mais linda e tocante? Ou eu sou piegas declarada mesmo?

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O valor do que parece simples

Tema: livre
Por: Rosana Tibúrcio
Quem não gosta de surpresas? Que atire, então, a primeira caixa de presentes.
Mas surpresa sur-preeee-sa mesmo nem são as de aniversário, fala sério (alô Paulinhaaaaa, não desanime, quem sabe dia 13 cê tem alguma bem surpreendente? hauahushaus).
Todos os guaranetes conhecem a Ana Amélia, minha ex-vizinha, ex-colega de faculdade e minha amiga (aqui não cabe ex, ex-amigo nunca foi amigo).
Cena 1: na terça-feira à tarde saímos juntas (ela foi me fazer um favorzão, que não vem ao caso agora) e quando chegamos aqui em casa rolou aquele meu maravilhoso café quiçá. Papo vai, papo vem – converso mais que homem da cobra – vários assuntos, dentre eles os meus vícios e necessidades insubstituíveis.
Cena 2: à noite, estava eu na sala de TV, distraída que só, quando ouvi um barulho. Olhei pela janela e estavam Ana Amélia, Jordana e uma sacola. Tomei um susto e quase virei uma criminosa (eu me vejo matando um que venha me assustar – já avisei...rs).
Cena 3: abro a porta, abraços, ela me entrega uma sacola e um bilhete e disse algo parecido com: “pra te alegrar.”
Cena 4: li o bilhete
Cena 5: meia hora pra abrir a caixa; precisei de ajuda das duas. Genteeeeeee, no que abri a caixa, e a cada coisa que pegava eu dava um grito (discretíssimo, parece, porque Ana Amélia e Jordana só faziam gargalhar; eu mais parecia uma criança).
Na caixa tinha: um pacote de café (eu havia dito que o meu tava acabando e medão de não achar do que gosto); um pacote de tinta (tinha contado que onde liguei não tinha a porcaria da que uso); duas latinhas de creme nivea (é assunto recorrente em qualquer papo – já não vivo sem); uma barra de chocolate (sou viciada???); alguns tridents (tenho vício disso também??).
Retorno à cena 4: no bilhete que Ana Amélia me entregou tava escritinho assim: “Rosana Isto não é um presente. É apenas um Kit Emergência de beleza e saúde! (e de bom humor). Esperamos que ele possa “aliviar” de certa forma e evitar certos momentos apreensivos. Beijos. Ana Amélia, Jordana e Heitor.”
Pausa para análise: pra fazer alguém feliz não é preciso muita estripulia; só dar a quem gostamos o que, quem gostamos, gosta. Que todos tenham o prazer de receber surpresas desse estilo; é bom dum tanto, e sem jeito de explicar como.
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Uma linda quinta-feira pra todos vocês minhas gentes, pois nas quintas há algo diferente no ar e hoje há um desejo de que todos aprendam a simplicidade e valor de uma bela e afetuosa surpresa.
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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Relatos e relatos

Tema Livre
Por Nina Reis





Acordo, levanto, lavo meu rosto, faço xixi e, em seguida, abro minha janela. Olho pra cima (porque se olhar pra frente aff, dou de cara com o fundo do outro prédio), e olhando pra cima tenho a certeza que aqui sim tem o céu mais lindo do mundo.
Se tiver lixo pra colocar na caçamba, organizo tudo. Fecho a porta, ando pelo corredor (do lado familiar é claro, porque o outro lado é das garotinhas do entretenimento rsrs ), desço as escadas, passo pelo porteiro (converso, converso e converso) e vou colocar o lixo no seu devido lugar. Ali mesmo paro alguns minutos e fico admirando a quadra 300, que é a mais linda do sudoeste hahaha, novamente feliz, olho pro céu.
Será que alguém faz ideia da felicidade que sinto de morar em Brasília? (acho que não)
Bom, nos dias que vou trabalhar no SPA do hotel (terça, quinta, sexta e domingo) preciso pegar dois ônibus para chegar ao meu destino, isso não me incomoda nem um pouco. Afinal de contas, passar pelo Eixo Monumental me enche de orgulho. Fico encantada com cada detalhe que Brasília oferece. Uma cidade plana, de arquitetura Niemeyer que me deixa extremamente emocionada. Impossível descrever qualquer sensação.

Encorajada subi na torre e constatei que o avião existe mesmo, mas prefiro ver Brasília com os pés no chão (de verdade, daqui de baixo mesmo).

Pertinho do meu trabalho, fica a casa (até final do ano) do Lula, queria uma casa assim pra mim, com o jardim mais lindo que existe. (um dos mais, pra não ser exagerada)
O lago me encanta também, mas desde que eu esteja em terra firme e só observando.

E pra finalizar
essa minha declaração
ficar sem rima não dá
já que é de coração

Sem muito blá blá blá
preciso deixar claro
Brasília é muito linda
mas Patos é mais limpa kkkkkkkkkkkkk

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Carta para Luiz Gustavo

Tema Livre
Por Rafael Freitas_



Borda da Mata, 10 de agosto de 2010

Oi, Gu!

Como passou de domingo, meu gatinho?
Verdade que eu deveria ter passado o dia de ontem com você, já que foi seu aniversário. Não se chateie, por favor. Tive que voltar para casa. Gente grande não pode brincar de carrinho e fazendinha o dia todo, sabe. Um dia você vai entender.

É um tanto ruim morar assim, tão longe. A gente se vê tão pouco! Você tem crescido tanto... Tem ficado cada vez mais bonito e esperto. E isso é bom, porque assim pode ajudar a mamãe e o papai a cuidarem do seu irmãozinho.

O Marcos Vinícius é muito parecido com você quando nasceu! O mesmo narizinho, o mesmo queixo e a parte de baixo da orelhinha dele também é mais larguinha como a sua. Só que você tinha mais cabelo. Você não precisa ficar com ciúmes dele, sabia? Meu amor por você não diminuiu nem um bocadinho! Nem o meu nem o de ninguém. Na verdade, o tio não entende como isso é possível: já era bastante amor para você, agora surge mais um tantão aqui dentro para amar o pequenininho! Mas ciúme é assim mesmo. Faz a gente se sentir idiota. Idiota. Acho que você aprendeu a falar isso com o Pica-pau. Nem tudo o que a gente aprende nos desenhos é bom, viu?! Cuidado!

Já me desculpou por eu ter te colocado de castigo sexta-feira? "_Tio Áfa malvado." Foi assim que você disse. Mas foi preciso, meu amor. É chato, eu sei. A vida está cheia de coisas chatas, mas que precisamos fazer. Ou você pensa que para mim foi fácil ver seu pai bravo com você e seus olhinhos cheios de lágrimas?

E tenho que pedir desculpas também por ter tentado boicotar sua festinha de aniversário no sábado. Mas não foi culpa minha! Eu não sabia que seu pai já estava tomando banho no quarto dele! Aí, quando abri o chuveiro do outro banheiro, caiu a chave (é assim que dizem quando todas as luzes da sua casa se apagam, a tevê desliga, o chuveiro não esquenta...)! Aqui na casa do tio dá para ligar dois chuveiros na mesma hora que não acontece nada! O pior é que “levantaram” a chave e a luz não voltava. Seus amiguinhos já tinham chegado. Vocês ficavam apagando as velas que acendemos. Seu pai até ligou para a CEMIG! Bom, eu precisava tomar meu banho. Fui para a casa da tia Heloísa e, quando voltei, já estava tudo bem e iluminado de novo!

Bom, é isso. No mais, prometo não ficar te beijando o tempo todo nem forçando a barra para tirar fotos suas! Decida com seu pai se a cachorrinha vai se chamar Princesa ou Sherry. E não a aperte com tanta força contra o chão. É só fazer carinho que ela não vai te morder! Mande lembranças para a Dona Moça Gigi (e me explique um dia de onde você tirou esse nome para uma girafa de pelúcia!).

Ah! Já estava me esquecendo: quem é o leãozinho do tio??? (Psssiuuu! Não fala que o tio é seu elefante que vão pensar que é por causa da minha orelha! Pois é. Eles acham que eu sou orelhudo. É. Sou um pouco, você não acha?)

Abraço de urso!

Amo você.
Tio Áfa

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Gente como a gente

Tema livre
Por LauraReis


Sexta-feira estava eu passeando pelo Twitter e olhando os Trending Topics (TT’s, para os íntimos) e me deparei com o CALA A BOCA CAPRICHO assim, em caixa alta, algo não muito estranho por ali, de uns tempos pra cá.
Eu já to p* da vida com essas histórias de Cala boca que tem tido por lá ultimamente, porque acho mesmo que já deu o que tinha que dar e continuar pisando na mesma bola é desnecessário e uma hora todo mundo escorrega.
Considero muito bizarro e oportuno pessoas se juntarem contra alguma coisa e virar todo aquele fuzuê só porque ali é um lugar aberto e não é proibido fumar nem utilizar palavrão ou, ainda e enfim, falar mal de tudo e todos.
Com esse esquema de ser possível emitir opinião própria e nem sempre fundamentada, iniciam-se pequenas discussões, nas quais míseros seguidores achados e perdidos começam a concordar e de repente um leve motim se transforma na mais nova revolução do mundo com seus quinze minutos de fama no topo dos TT’s (sou intima!). Ufa!

Bom, depois de toda essa barraca armada (não vou colocar marcador sexo aqui não, RELAXA!) é difícil ouvir o outro lado da questão se é que este que foi imposto é realmente um lado né?
Mas bom.. voltando aos Cala boca, discorro sobre alguns:
O primeiro (e mega criativo, confesso) foi o do Galvão, quando se percebeu o real poder do Twitter na vida de todo (o) mundo. Considero este um caso a parte, porque toda aquela mentira incrível que inventaram pros estrangeiros fez parecer que brasileiros são os mais inteligentes (e passadores de perna) do mundo.
Apesar disso, o motivo pelo qual ele apareceu naquele lugar é o que me deixa grilada, porque, na boa, pra mim narração de futebol é sinônimo de Galvão Bueno, minha gente.
Quem no mundo não conhece essa figura?

E um grandessíssimo detalhe: pra que reclamar do Galvão se é possível mudar de canal, Brasil? Não entendo. Tudo bem que ri muito, pra não chorar, quando ele disse “é só futebol, gente” assim que Brasil perdeu pra Holanda, mas são coisas da vida e a gente se perde até quando alguém pergunta se está tudo bem...

Falando ainda em mudar de canal, existiu também, certo dia aí (pra não considerar todos os tweets da minha timeline no domingo) que rolou o Cala boca Faustão. Vocês sabem que existem outros canais, até mesmo aqui em casa onde não tem TV por assinatura nem a cabo nem o caramba.
Além dos outros canais existem DVDs musicais, filmes, CDs, páginas curiosas na internet, livros interessantes, revistas ótimas e, olha que incrível: a possibilidade de dormir e sonhar.. Então, me pergunto: por que a pessoa continua vendo Domingão? Por quêeeeeeee?
Bom, eu assisto porque morro de rir do Faustão, das piadinhas infames dele e das tiradas e cortadas com a galera da Globo ou os convidados. Adoro muito Faustão, sim.. E VOCÊ QUE É FEIO!?

Eu ia citar mais uns Cala boca, mas vou parar por aqui (porque não me lembro de outro) e voltar ao meu assunto inicial e principal: Cala boca Capricho.
Esse Cala boca começou por isso http://migre.me/13jR6 e terminou com todo mundo que esqueceu que já foi adolescente criticando a revista que eu mais amei em toda a minha vida.
Entendem que isso tomou proporções individuais dentro da minha pessoa né? Porque é claro que faz alguns anos que parei de ler Capricho, mas meus queridos, minha mãe assinou pra mim por muitos anos e não tinha nada melhor que essa revista. Sempre achei tão bem escrita, informativa, fazia todos os testes e tudo mais.
Hoje em dia é claro que me interesso por outras coisas, mas lembro como adorava esse meu universo adolescente sofredor de testes de amor e dicas de moda ou entrevistas com os famosos lindos.
E agora lanço a pergunta: quem aqui passou direto dos 11 para os 18 anos? Hm? Quem quem? Levante a mão ou assovie?!
Hm... Ninguém? Ahhhh não é possível. Porque a impressão que tenho quando leio não apenas comentários pela internet, mas também pessoas ao vivo, assim, que convivem comigo criticando Luan Santana, Restart, Cine, Eclipse e mil etcéteras desses eu fico bastante indignada, sabe... Parece que a pessoa nunca gostou de coisas... adolescentes(?).

Na minha época se cantava “Ela fez a cobra subir” e eu imaginava a cobrinha lá dentro do cesto subindo enquanto a galera dançava É o Tchan.
Na minha época se amava Spice Girls e sabia as coreografias mesmo não entendendo patalhufas das letras. Amava-se Hansons, KLB, Pedro e Thiago e, oh, Harry Potter! E ainda existia caderno de perguntas e MILHARES de erros de português.
E talvez não tivesse toda essa repercussão porque não havia essa tal de inclusão de digital, mídias sociais e tudo isso que eu e o Brasil amamos.


Enfim, não quero pedir pra ninguém que CALE A BOCA, até porque iria contra meus princípios construídos aqui nessas (quase infinitas) linhas, só queria que todos fossem conscientes do seu passado e compreensivos com a galerinha colorida, emuxa, eclipsemaníaca ou o caramba que tem aparecido por aí.
Eles são gente como a gente, Brasil.




Ps.: voltando de férias com tudo e todas as linhas que não usei durante esse período de tempo... Obrigada pela atenção. E um beijo pra quem leu tudo.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Férias!


Olá, queridos amigos e leitores do Guaraná com Canudinho!

Pois é.
O cansaço nos venceu e tiramos mais uma semaninha de férias.

Mas não se desesperem!

A partir da semana que vem, estaremos de volta com nossos temas livres e propostos, comentários divertidos, visitas muito queridas e algumas surpresas.

Um abraço afetuoso,

Guaranetes