sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Amor de índio


Por indicação de mainha, (enquanto para vcs. Mainha vem de mãe, para mim vem de manha. Mainha é uma manha pequena, sa-fadinha e que sempre dá dengo sem ser picada por nenhum mosquito), fiquei de analisar, Amor de Índio.
Fugi da responsa e chamei dois caras pra fazerem isso por mim, um é o Fred Focker - já advirto que o cara é um pernóstico e tem malícia até na caspa - e o outro é o Fernando Montesquieu (pronuncia-se Montesquiê), esse é mais sério, bucólico e ufanista comedido.
Serão, pois dois posts para que possamos comentar à vontade. As polêmicas deverão, sem dúvida, ficar no post do Focker com suas duvidosas opiniões; mas senti vontade de uma outra leitura, dentre as tantas que a música permite.
Engraçado, que tal como o Belchior, nunca gostei do Beto Guedes, acho sua pessoa sem sal e sem açúcar, mas tenho que tirar o chapéu para ambos, são fantásticos compositores gosto muito de suas músicas, principalmente com outros interpretes.
Bem, meu post está pronto, fiquem agora com os demais.
Genisvaldo Reis

P.S. tive que cortar algumas interpretações do Fred acerca de explicar as posições do kama sutra. Impubicável (!)
Amor de índio – Por Fred Focker
[Beto Guedes e Ronaldo Bastos]
Tudo que move é sagrado
E remove as montanhas
Com todo o cuidado, meu amor
Os personagens já se identificam, ele usa viagra e ela é uma Wilza Carla, vocês entendem, as montanhas... O todo cuidado se refere a assaduras que eventualmente existem entre as dobras.
Enquanto a chama arder
Todo dia te ver passar
Tudo viver a teu lado
Com arco da promessa
Do azul pintado, pra durar
Conhecendo o Beto como conheço, o todo e o tudo se referem a a-bundância e sendo ele um sem-vergonha apudorado trata-se de uma promessa em pintar o falo de azul pra durar a dureza. Deve ser uma "simpatia", coisa de hippie que toma viagra escondido, com chá de verga tesa e fala que o quê fez efeito foi o chá. O "tudo viver a teu lado" foi uma fragmentação poética de atolado, para dar mais sonoridade.
Abelha fazendo o mel
Vale o tempo que não voou
A estrela caiu do céu
O pedido que se pensou
O destino que se cumpriu
De sentir seu calor
E ser todo
Todo dia hei de viver
Para ser o que for
E ser tudo
O cara aqui, que acho até ser o Beto mesmo, fica desiludido – a estrela caiu do céu – o rala e rola ficou só na "imagina", verdade mesmo foi o só o calor, mas vê-se que ainda existe esperança, o cara é lesado – para ser o que for – com essas montanhas, tá louco. E não é montanhinha não, é de corcovado pra cima.
Sim, todo amor é sagrado
E o fruto do trabalho
É mais que sagrado, meu amor
A massa que faz o pão
Vale a luz do teu suor
Lembra que o sono é sagrado
E alimenta de horizontes
O tempo acordado, de viver
Aqui tem uma apelação, se a coisa na prática num rola nem com promessa ele começa a filosofar sobre massa, sagrado luz, como se isso esticasse alguma coisa além da conversa; depois ele apela da apelação falando que sono é sagrado, sagrado uma ova, eles foram dormir porque não conseguiram fazer nada. Tem outra questão que havia me esquecido, o sagrado aqui é outra construção poética: uma junção de sem com agrado derivando de um sacro sem r. Dessa forma ele detona também o trabalho (o fruto do trabalho é mais que sem agrado) artista é assim mesmo, a preguiça é seu pedestal.
No inverno te proteger,
no verão sair pra pescar
No outono te conhecer,
primavera poder gostar
No estio me derreter
Pra na chuva dançar e andar junto
O destino que se cumpriu
Inverno, verão, outono, etc são posições do kama sutra, derreter é... derreter, esse é o destino.
Conclusão: essa música também é cheia de lascívias como diria um colega, partindo para chuxulenta (N. do T.: mistura entre pornografia e melancolia) é uma dessas canções para se dançar comendo desde que o prato não seja muito indigesto. O Beto é um sujeito muito inteligente por isso suas músicas enganam muito quem não tem perspicácia para entender seus desvios sexuais expressos nas sutilezas de suas 'construções'.


Amor de índio – Por Fernando Montesquieu
[Beto Guedes e Ronaldo Bastos]

Desde o título que sugere um amor natural, despido e desprovido de artífices, (como o dos guaranetes?), a canção nos enreda numa atmosfera terna evocando o sagrado sem seu ranço e sem seu peso, também se trata de uma ovação à vida e a associa a presença constante do amor.
Tudo que move é sagrado
E remove as montanhas
Com todo o cuidado, meu amor
O movimento é o próprio curso da vida que arde em chama e que convida a passar, a ver, a olhar, a sentir a infinitude de se compartilhar, qualquer forma de amor vale a pena (Milton?)
Enquanto a chama arder
Todo dia te ver passar
Tudo viver a teu lado
Com arco da promessa
Do azul pintado, pra durar
O arco da promessa me sugere braços afetuosos e acolhedores, tão vastos quanto o azul do céu em um dia de brigadeiro, um azul que some, mas que dura, que retorna após todas as tempestades.
Abelha fazendo o mel
Vale o tempo que não voou
A estrela caiu do céu
O pedido que se pensou
O destino que se cumpriu
De sentir seu calor
E ser todo
Todo dia hei de viver
Para ser o que for
E ser tudo
Fazer mel é adoçar a vida com talvez um ócio, talvez uma diversão ou alguma extravagância como ficar comentando música despropositadamente. Pedir pra estrela cadente é fazer vingar seus sonhos, sua criancice não infantil, é adubar a imaginação e se desprover de tanta censura, deixar cumprir os destinos das almas de serem grandes em seus tamanhos, quaisquer que sejam.
Sim, todo amor é sagrado
E o fruto do trabalho
É mais que sagrado, meu amor
A massa que faz o pão
Vale a luz do teu suor
Lembra que o sono é sagrado
E alimenta de horizontes
O tempo acordado, de viver
Se o fruto do trabalho é mais que sagrado, o trabalho também se enobrece e mais enobrece quem o pratica. O pão também é símbolo de vida e a luz do suor é o brilho do esforço do respeito consigo e com tudo que se move. O sono é sagrado porque permite o sonho que se expande além de si, suavizando a realidade. Viver é melhor que sonhar, mas somente depois que os sonhos foram acalantados.
No inverno te proteger,
no verão sair pra pescar
No outono te conhecer,
primavera poder gostar
No estio me derreter
Pra na chuva dançar e andar junto
O destino que se cumpriu
Em qualquer estação se tem um motivo para estar junto e o destino do homem é compartilhar. Sozinhos, conseguimos ser tristes, mas jamais conseguiremos ser felizes. Somente podemos nos alegrar junto de outros que amamos.
E a dança da chuva é dança de índio que chega nu, só com o que é, pra aldeia da vida.
Música sugerida por Rosana.

23 comentários:

  1. Né por nada não, mas euzinha aqui que nem sou manhosa - muito), indico a MÚSICA, né não minhas gentes?
    Adorei ser mainha noutro sentido. Eu sou demais, eu sou MA-RA!!!

    E a pessoa conseguiu arrumar um rolo com o amor de índio.
    Pô, Wilza Carla? hehe
    Adorei o atolado, mas fiquei muito curiosa pra ler o impublicável.
    Povo mais lascivo esse, só eu sou pudica nesse ambiente.

    "E a dança da chuva é dança de índio que chega nu, só com o que é, pra aldeia da vida."
    FECHOU!!!

    Volto mais tarde.

    ResponderExcluir
  2. Genisvaldo, coloquei a música com Roupa Nova já que cê não aprecia muito o Beto e a imagem é coisa do Rafa, tá bom!!

    Lá pelas dez e pouco eu volto, preciso trabalhar. Alguém tem que trabalhar no Guaraná!!

    ResponderExcluir
  3. Ai, gente, preciso contar: o Caê ontem no Jô - foi TUDOOOO!!!
    lá lá lá lá lá

    ResponderExcluir
  4. Nossa, escrevi tudo erradinho...
    Puttzzz
    FUIIIIII

    ResponderExcluir
  5. Hahaha
    Pintar o falo de azul???
    Coisa mais excêntrica, minha gente?
    Deve ficar parecendo com o nariz do Gonzo, do Muppets Babies!
    Não há tesão que resista!

    “ Sagrado uma ova, eles foram dormir porque não conseguiram fazer nada”
    mas nem com viagra e um corpitcho “séquissi” a coisa não rolou??? haha

    Olha... Pelo jeito tem que mandar o Beto pra um tratamento freudiano loguinho!
    hahaha

    Ah!
    E quero saber dos detalhes do kama sutra!
    Publica sim, vai!!!
    haha

    ResponderExcluir
  6. Caramba!
    Eu nem sei o que dizer...
    Adoro essa música, mas nunca conseguiria extrair significados tão inteiros, tão pertinentes, tão INVEJÁVEIS.

    “O movimento é o próprio curso da vida que arde em chama e que convida a passar, a ver, a olhar, a sentir a infinitude de se compartilhar, qualquer forma de amor vale a pena”

    Até dói, de tão bonito!

    Qualquer maneira de amor vale aquela!
    Qualquer maneira de amor vale amar!
    Qualquer maneira de amor vale a pena!
    Qualquer maneira de amor valerá!

    ResponderExcluir
  7. Até fui eu sim que escolhi essa imagem, mas tinha outras, Genis!
    A mainha é que tá assim, meiga hoje e postou essa aí.
    haha

    ResponderExcluir
  8. Oi Gentes, .. consegui uma forguinha pra vir aqui.

    Caramba .. Como diz uma amiga minha, Num tenho leitura pra isso não. .. Caramba, ficou fantástico.

    "Em qualquer estação se tem um motivo para estar junto e o destino do homem é compartilhar. Sozinhos, conseguimos ser tristes, mas jamais conseguiremos ser felizes. Somente podemos nos alegrar junto de outros que amamos." - Eu quero um "homem" pra compartilhar comigo. Mas sem pílula azul kkkk

    Ahhhhhhhhh tô com o Rafa, faz favor de contar sobre esses trem de Kama Sutra.
    Mais tarde volto para falar umas coisinhas interessantes, se liga viu Rafa?????????????

    Beijocas pra todos

    AMO TUDO ISSO!!!

    ResponderExcluir
  9. Que saco! é a terceira vez que tento publicar um comentário e o negócio dá tilte. tá parecendo praga, so porque eu ia falar mal do Fred.

    ResponderExcluir
  10. Falando no Fred vcs viram a intimidade dele com o Rafa (vice-versa?)tá considerando-o um partner que afinidades são essas?

    ResponderExcluir
  11. Gostei da imagem Rafa obrigado, vamo deixá a mainha meiga mandar.

    ResponderExcluir
  12. tô publicando em gota-gotas quero ver pifar agora. perco pouco. como dizia a mainha tava fazendo outro post.

    Cê viu a afinidade de pensamentos mainha? resolvemos fazer duas interpretações sem falarmos nada. Eu só usei a mais uma ajudinha dos caras lá.

    ResponderExcluir
  13. Apesar da voz do povo clamar pela publicação dos trechos censurados do Focker, dá não. A coisa é cabeluda mesmo, até corei quando li.
    A propósito, não é impublicável não, é impubicável mesmo, uma mistura de ... usem a imaginação.

    ResponderExcluir
  14. hahahahahhahaha

    Pois é!
    Eu imaginei!
    haha

    ResponderExcluir
  15. Rafa cê (nem ninguem) num falô nada da chuxulenta. O tal Focker além de uma mente suja cria neologismos(!?) com a sutileza de um hipopótamo.

    ResponderExcluir
  16. Genteeeeee, oia eu aqui traveizzz
    urrúúúúú´
    Que povo mais lascivo, meu Deus. Eu sou a única pudica do ambiente, a única meiga meiga meigalinha...h hahaha.
    Mas então, uma música linda dessas, uma letra que é uma coisa absurda, aliás que serviu (fragmentadinha) para o meu perfil do orkut. Lembram? "Sim, todo amor é sagrado...
    AMO.

    Genisvaldo, conta pelo menos a posição primavera, vai???
    .
    Genteeeee, a Paulinha aqui - pena ela estar tão assim "trabalhosa".
    beijos moçada.
    Voltar à senzala "porque o fruto do trabalho é sagrado, meu amor"

    ResponderExcluir
  17. Eu percebi o chuxulenta, mas nem quis falar porque fiquei vermelha. - pô o cara tem chulé... hahahaha

    Tá, eu não presto.


    ESTAMOS TODOS AQUI!!!

    ResponderExcluir
  18. Bom, quanto à imagem tinha uma até bacana, super, hiper, mega sensual, mas eu preciso dosar essa libido de vocês. Alguém tem que ser sério por aqui.
    Afinal, eu tenho uma filha, filha no pedaço, um filho adotivo, uma linda que eu quero adotar também, e o Genis que me conhece num ambiente de trabalho. Ou seja: eu sou uma mulher séria, compenetrada, quase assexuada, na verdade.

    ResponderExcluir
  19. Adoro pessoas que me contam o que vão fazer no final-de-semana. Filhote, vou responder ao e-mail, fique atento. Sucesso na apresentação, não na apresentação, no show do Teatro Mágico tchin tchin tchin... ieebbba.
    Beijos, moçada!

    ResponderExcluir
  20. oies..
    to correndo, tenho pouco tempo, portanto vou falar com poucas palavras:
    meu deus.. é so sair um pouquinho e vcs começam a aprontar, assim não dá..
    Genis, eu tenho que ir no google para saber quem são esses dois!!
    eu como Marina, não tive leitura para isso não..
    talvez para o mais lascivo ainda sim..
    hahhahahaha eu gosto de lascividades..
    se ele não contar as posições do Kama sutra eu conto, crianças..
    eu não tenho vergonha!!!

    ResponderExcluir
  21. Nossa, a coisa tá feia.Paulinha num comentário só? haha
    E ela vai contar tudo das posições pra gente, uiaaaaa.
    Eu quero saber, antes que perca a agilidade de descer e subir escadas... hahah

    .
    Genteeeeee, agora a risada da pessoa postante, ao telefone, querendo disfarçar a voz é algo impossível de contar, eu vou engarrafar procês... adoUUro!!
    Morram de inveja... urúúúú!!!

    ResponderExcluir
  22. E no final-de-semana os Guaranetes e convidados resolveram fazer "besteirinhas", né? Também com tanto fuc fuc retratado... não há libido que aguente!!
    Povo sacanaaaa!!!!
    Diasssssss, amores

    ResponderExcluir

Sinta-se em casa. Sente-se conosco,tome um guaraná e comente o que você quiser e depois, aguente!!! hihihi